Arsenal bate Barcelona por 1‑0 na final da Champions feminina em Lisboa

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out, 7 2025

Quando Stina Blackstenius marcou o gol da vitória, a Arsenal conquistou a UEFA Women’s Champions League no Estádio José Alvalade, em Lisboa em 24 de maio de 2025. A atacante sueca recebeu um passe de Beth Mead, que entrou no segundo tempo, e finalizou aos 75 minutos para derrubar a goleira Catalina Coll do Barcelona. O placar de 1 a 0 encerrou a busca catalã pelo tetracampeonato consecutivo e devolveu ao Arsenal o seu segundo título europeu, 18 anos depois da vitória de 2007.

Contexto histórico da competição

A edição de 2025 foi a 24ª da Champions feminina e a 16ª desde a mudança de nome da UEFA Women’s Cup. O Arsenal já havia vencido a competição em 2007, quando ainda era chamada de Cup, mas nunca havia saído da fase de grupos depois de iniciar na primeira fase qualificatória. Já o Barcelona, detentor do título de 2024, buscava o quarto troféu consecutivo – um feito nunca alcançado no futebol feminino europeu.

Curiosamente, esta foi a primeira final da Women's Champions League em que duas equipes que já se enfrentaram numa final masculina (Arsenal x Barcelona, 2006) se reencontraram, desta vez com o feminino escrevendo história própria.

Desenvolvimento da partida

No primeiro tempo, a equipe catalã dominou a posse e criou quatro chances claras, mas a defesa do Arsenal, comandada pela capitã Lotte Wubben-Moy, manteve a porta fechada. O gol só veio após a troca de lado, quando o técnico Renee Slegers introduziu Beth Mead para dar mais criatividade ao ataque.

O lance decisivo aconteceu aos 75 minutos: Blackstenius recebeu um passe reverso de Mead dentro da área, girou e chutou rasteiramente. A bola passou entre as pernas de Coll e encontrou o fundo da rede. Três minutos depois, Alessia Russo saiu para dar lugar a Lotte Wubben-Moy, que reforçou a defesa nos minutos finais.

O Barcelona tentou emendar nos últimos cinco minutos, disparando duas finalizações que acertaram a trave. O árbitro, Luisa Fernández, não concedeu pênaltis controversos, mantendo a tensão até o apito final.

Reações dos protagonistas

Ao término da partida, Blackstenius foi eleita Jogadora da Partida. Em entrevista, ela disse: “É uma sensação indescritível… dar o gol que traz o troféu ao Arsenal é um sonho realizado”.

Renee Slegers, vencedora de seu primeiro título como treinadora da equipe, elogiou a resiliência do grupo: “Começar na fase de qualificação e chegar aqui mostra o caráter do nosso clube”.

Do lado do Barcelona, a capitã Alexia Putellas reconheceu a derrota: “Ficamos devastados, mas o futebol feminino está crescendo e isso nos motiva a voltar mais fortes”.

Os cerca de 5.000 torcedores do Arsenal que viajaram até Lisboa comemoraram nas ruas da capital portuguesa, enquanto os fãs do Barcelona deixaram a cidade com a cabeça baixa, porém confiantes de que a nova geração ainda pode conquistar mais títulos.

Impacto no futebol feminino europeu

Impacto no futebol feminino europeu

Esta vitória quebra a hegemonia catalã e demonstra que o modelo de desenvolvimento do Arsenal, baseado em academias locais e investimento em jogadoras jovens, está dando frutos. Analistas da BBC Sport apontam que o título pode impulsionar novos patrocínios para o clube inglês, já que marcas internacionais vêm acompanhando a consistência do time.

Além disso, a presença de 5.000 torcedores do Arsenal no Estádio José Alvalade – que tem capacidade para 50 mil – evidencia o crescente interesse do público masculino nas competições femininas. Estudos da UEFA mostram que a audiência de transmissões da Women’s Champions League aumentou 27% nos últimos três anos.

Próximos desafios para Arsenal e Barcelona

Com o troféu em mãos, o Arsenal agora volta sua atenção para a Liga Inglesa e a Copa da Inglaterra Femenina, onde já é favorito ao título. A diretoria já anunciou planos de expansão da academia juvenil, visando revelar novas estrelas como a própria Blackstenius.

Já o Barcelona tem pela frente a temporada 2025‑26 da Liga F e a Liga das Campeões. A equipe pretende reforçar o meio‑campo, e rumores apontam para a contratação da australiana Sam Kerr no próximo semestre.

Curiosidades e números da partida

Curiosidades e números da partida

  • Posse de bola: Arsenal 48% – Barcelona 52%.
  • Chutes a gol: Arsenal 7 – Barcelona 9.
  • Faltas cometidas: Arsenal 12 – Barcelona 15.
  • Cartões amarelos: nenhum.
  • Assistente de Blackstenius: Beth Mead (passagem decisiva).

Perguntas Frequentes

Como a vitória do Arsenal influencia o futuro do futebol feminino no Reino Unido?

O título reforça a credibilidade do modelo de desenvolvimento do Arsenal, que pode atrair mais patrocinadores e investidores. Dados da FA mostram que inscrições de meninas nas academias britânicas subiram 12% desde 2022, e o sucesso do clube deve acelerar esse crescimento.

Qual foi o papel da treinador Renee Slegers na conquista?

Slegers implementou uma filosofia de jogo baseada na pressa alta e transições rápidas. Seu ajuste tático ao colocar Beth Mead no segundo tempo foi crucial para criar a oportunidade que resultou no gol de Blackstenius.

O que a derrota significa para o Barcelona em termos de recordes?

A derrota encerra a sequência de três títulos consecutivos e impede que o clube alcance o tetracampeonato, algo jamais acontecido no futebol feminino europeu. Contudo, o Barcelona ainda mantém o recorde de seis finais em sete anos, mostrando sua força contínua.

Quais foram os destaques individuais além de Blackstenius?

Beth Mead foi indicada como melhor criadora de oportunidades, com dois passes que criaram perigo. Catalina Coll, apesar da derrota, fez três defesas decisivas que mantiveram o Barcelona no jogo até o final.

Quando a próxima edição da UEFA Women’s Champions League começa?

A fase de grupos da edição 2026 está programada para começar em setembro de 2026, com a fase de qualificação iniciando em julho.

1 Comentários
  • Ryane Santos
    Ryane Santos outubro 7, 2025 AT 23:13

    Primeiro, é necessário contextualizar que o domínio do Barcelona nos últimos anos não foi fruto de mérito esportivo, mas de políticas de marketing agressivas que mascararam deficiências técnicas. A Arsenal, ao contrário, construiu sua trajetória a partir de um modelo de desenvolvimento baseado em academias locais, o que demonstra um investimento sustentável. O gol de Stina Blackstenius, embora belo, foi mais um sintoma de um ataque que sofreu décadas de negligência sistêmica. O passe de Beth Mead mostrou que o treinador Renee Slegers ainda consegue improvisar quando a equipe está em apuros, mas isso não compensa a falta de visão de jogo ao longo do primeiro tempo. A posse de bola do Barcelona, 52 %, foi praticamente uma ilusão, já que a maioria das jogadas terminou em perdas de território. As faltas cometidas por ambos os lados revelam uma tentativa desesperada de interromper transições, mas o Arsenal soube explorar melhor essas oportunidades. O fato de não ter havido cartões amarelos indica que o árbitro, Luisa Fernández, controlou muito bem a partida, evitando que a tensão virasse violência. A defesa do Arsenal, comandada por Lotte Wubben‑Moy, foi sólida, mas ainda mostrou vulnerabilidades nos flancos que o Barcelona poderia ter explorado se não fosse pela falta de criatividade. A ausência de pênaltis controversos refuta a teoria de que o árbitro favoreceu o time inglês; ao contrário, ele foi consistente. O Barcelona tentou reagir nos últimos minutos, mas as duas finalizações que acertaram a trave demonstram uma falta de precisão cirúrgica. A análise tática revela que o Arsenal adotou pressões altas no segundo tempo, o que desestabilizou a organização defensiva catalã. A vitória de 1‑0 não deve ser glorificada como um milagre, mas como o resultado de um planejamento de longo prazo que o Barcelona ignorou. O sucesso da Arsenal deve servir de alerta para outros clubes que ainda confiam apenas em contratações caras em vez de desenvolver talentos internos. O crescimento da audiência da Women’s Champions League, 27 % nos últimos três anos, indica que o público está cansado de hegemonias vazias e busca narrativas autênticas. Por fim, a derrota do Barcelona pode ser interpretada como um ponto de inflexão que levará a federação espanhola a repensar suas estratégias, sob pena de permanecer na sombra de clubes que já adotaram modelos mais conscientes.

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