Vale Tudo 2025: Odete Roitman será assassinada em 6 de outubro

out, 5 2025

Quando Débora Bloch, atriz da TV Globo, recebeu o roteiro que traz a morte de Odete Roitman, a expectativa lembrada de 1988 voltou com força total. O episódio‑clímax, marcado para segunda‑feira, , foi anunciado como o "Dia dos Vilões", atualizando um dos momentos mais comentados da teledramaturgia brasileira.

O retorno de um mistério clássico

A TV Globo relançou Vale TudoBrasil em . A proposta: manter a estrutura de poder, corrupção e ambição que fez o original virar febre, mas inserir personagens novos que permitem um desfecho inesperado.

Segundo Manuela Dias, responsável pela adaptação, "queremos honrar o legado da série original sem simplesmente copiar o roteiro. O assassino só será revelado quando a audiência menos esperar".

Quem são os suspeitos?

O enredo não deixou dúvidas: cinco personagens têm motivos plausíveis. Abaixo, os nomes que já apareceram nas telas e que prometem agitar a trama.

  • Bella Campos como Maria de Fátima – vítima de um sequestro ordenado por Odete e agora sedenta por vingança.
  • Alexandre Nero interpreta Marco Aurélio – parceiro de negócios que teme perder tudo caso Odete revele segredos comprometedores.
  • Cauã Reymond faz o papel de César – amante secreto que pode ter sido traído por um acordo obscuro.
  • Paolla Oliveira encarna Heleninha – cuja impressão digital foi encontrada na arma do crime, embora ela negue qualquer envolvimento.
  • Malu Galli como Celina – cúmplice de Odete que pode ter decidido cortar os laços na hora certa.

Na noite de , Taís Araújo (Raquel) confessa a Ivan (personagem ainda não revelado) que teme pela vida de Odete, enquanto Celina observa o desaparecimento de Heleninha. Cada pista foi cuidadosamente plantada para manter o público em suspense.

Estratégia da Globo: Dia dos Vilões

A emissora converteu a data em um evento transversal. Enquanto Vale Tudo** exibe o assassinato, as novelas Êta Mundo Melhor e Dona de Mim transmitirão episódios temáticos, todos com protagonistas que vestem a cara de vilões. “É uma maratona de antagonismo que vai atrair tanto fãs da novela original quanto novos espectadores”, explicou o diretor de programação da Globo, Ricardo Salomão.

Para garantir que nenhum vazamento estrague a surpresa, a produção filmou três finais diferentes. Até os técnicos de edição receberam apenas fragmentos. "Nem eu sei quem será o assassino até o último corte", brincou o coordenador de efeitos especiais, Lúcio Braga.

Expectativas de audiência e impacto cultural

Expectativas de audiência e impacto cultural

Desde a estreia, a novela registra um crescimento de 28 % na audiência média, passando de 12,5 pontos de Ibope para 16 pontos nos últimos dois episódios. Analistas da Kantar Ibope apontam que o "Dia dos Vilões" pode levar o programa a superar a 20‑ponto marca, equiparando‑se ao pico atingido pelo original em 1989.

O caso de Odete Roitman nunca se apagou da memória coletiva: a frase "Quem matou Odete Roitman?" ainda é citada em programas de auditório, memes e até em debates políticos. A nova versão promete reviver esse fenômeno, mas com um toque contemporâneo – por exemplo, a investigação será conduzida por uma equipe de policiais femininas, refletindo a crescente demanda por representatividade.

Próximos passos e o que esperar

Após o assassinato, a narrativa seguirá o desenrolar da polícia, que contará com a participação de Patrícia França como delegada responsável. As pistas recolhidas – impressões digitais, testemunhos contraditórios e documentos financeiros – deverão ser exploradas nos capítulos seguintes, alimentando teorias de fãs nas redes sociais.

Vale lembrar que a Globo mantém a tradição de revelar o culpado apenas na última novela do ciclo. Se o histórico servir de indicativo, o público pode esperar um desfecho que será debatido por semanas, talvez inclusive gerando novas linhas de investigação paralela nas redes.

Background: a morte da Odete original

No final de 1988, Beatriz Segall interpretou a imponente Odete Roitman e foi assassinada na noite de Natal. A cena, transmitida sem revelar o agressor, gerou recordes de audiência: mais de 50 % das TVs ligadas à época assistiram ao desfecho. O mistério alimentou discussões sobre poder feminino, justiça e moralidade nos dias da redemocratização.

A versão de 2025 aposta em revisitar esse marco, mas com a diferença de que a identidade do assassino será distinta, como já confirmou Manuela Dias. "Queremos que o público sinta que está escrevendo história junto conosco", disse a autora.

Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

Quem será o assassino de Odete Roitman na nova versão?

A resposta ainda está guardada sob sigilo. A produção gravou três finais diferentes e só divulgará o culpado no último capítulo da novela.

Qual o impacto esperado na audiência da Globo?

Especialistas antecipam que o episódio de 6 de outubro ultrapasse 20 pontos de audiência, revertendo a queda inicial e colocando a novela entre os maiores sucessos do ano.

Como a trama conecta o passado da novela original?

A nova história reutiliza o icônico assassinato de Odete, mas altera o perfil do assassino e inclui referências a eventos da década de 80, como a frase célebre "Quem matou Odete Roitman?".

Qual a importância cultural desse caso para o Brasil?

Odete Roitman representa um símbolo de poder feminino e de manipulação nas novelas. Seu assassinato marcou um momento de união nacional em torno de um mistério, refletindo a capacidade da teledramaturgia de influenciar comportamentos e debates sociais.

Quais são os principais suspeitos e seus motivos?

Maria de Fátima (Bella Campos) busca vingança por um sequestro; Marco Aurélio (Alexandre Nero) tem medo de ser denunciado; César (Cauã Reymond) teme perder um relacionamento clandestino; Heleninha (Paolla Oliveira) tem suas impressões digitais na arma; e Celina (Malu Galli) pode ter sido manipulada por Odete.

1 Comentários
  • Marcos Thompson
    Marcos Thompson outubro 5, 2025 AT 05:07

    A estreia do “Dia dos Vilões” tem tudo para se tornar um marco sociocultural, pois revive a tensão coletiva que a morte de Odete Roitman gerou em 1988. Ao transpor esse evento para a era digital, a Globo cria um laboratório de percepção de massa, onde cada pista é um experimento de engajamento. Cada suspeito funciona como um arquétipo de poder e corrupção. Bella Campos, ao encarnar a vingança de Maria de Fátima, introduz a lógica da retribuição simbólica. Enquanto Alexandre Nero personifica a ansiedade de quem teme o colapso de seu império financeiro, Cauá Reymond traz à tona a fragilidade das relações clandestinas. Paolla Oliveira, com a impressão digital na arma, simboliza a inevitabilidade dos rastros deixados pelo privilégio, e Malu Galli personifica a traição interna ao reino corporativo. A escolha de três finais diferentes reforça a noção de que a narrativa pode ser manipulada como um algoritmo. O fato de nem o coordenador de efeitos saber quem será o assassino até o corte final sugere que a própria produção opera como uma caixa preta. Isso ecoa a teoria de que a verdade na mídia contemporânea está fragmentada e que o público, ao consumir fragmentos, torna-se coautor da revelação. Assim, o “Dia dos Vilões” não é apenas entretenimento, mas um estudo de caso sobre como a memória coletiva se reconstrói diante de novos meios.

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