Guerreiras do K-Pop HUNTR/X estreiam 'Golden' ao vivo no Tonight Show

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out, 9 2025

Quando HUNTR/X, o grupo virtual que se autodenomina "Guerreiras do K-Pop", subiu ao palco do The Tonight Show Starring Jimmy Fallon30 Rockefeller Plaza, ninguém poderia imaginar o burburinho que seguiria.

Era 7 de outubro de 2025, 23h35 (horário de Nova York), quando a plateia da NBC viu, em tempo real, seis personagens animados dançando, cantando e até trocando piadinhas com Jimmy Fallon. A canção Golden, que já acumulava 500 milhões de visualizações no YouTube e 87,3 milhões de streams no Brasil, ganhou uma nova camada: o brilho da realidade mista.

Contexto da ascensão do K-Pop virtual

O fenômeno começou em agosto de 2025, quando o clipe de "Golden" estourou no YouTube, atingindo 100 milhões de visualizações em apenas 11 dias. A combinação de coreografia coreana, vocais multilíngues e tecnologia de captura de movimento fez o público global pedir mais. O AniKorea, estúdio de animação de Seul fundado em 2018 por Park Min-ji, foi o cérebro criativo por trás das identidades visuais das integrantes: Luna Kim, Sofia Mendes, Aisha Chen, Jisoo Park, Camila Ribeiro e Yuna Lee.

Essas seis vozes não são apenas avatares; são personagens com biografias reais – de Seul a São Paulo, de Singapura a Rio de Janeiro – que permitem ao público se reconhecer em diferentes cantos do planeta. Esse apelo multicultural ajudou a alavancar a música para o topo das paradas da ABPD por 12 semanas consecutivas.

Detalhes da apresentação no Tonight Show

O contrato foi selado após um comunicado oficial da NBCUniversal Television and Streaming em 30 de setembro de 2025. O executivo responsável, Michael Cedeño, explicou que a escolha da música “Golden” foi estratégica: "É um hit global que vibra tanto nos corações dos fãs de K-Pop quanto nos ouvintes de pop ocidental".

A tecnologia foi fornecida pela MetaVisual Labs, empresa de Seul especializada em real‑time mixed‑reality. Segundo o diretor técnico da MetaVisual, Lee Hyun‑soo, foram necessários 37 câmeras, 12 especialistas em captura de movimento e oito horas de calibração antes do show ao vivo.

A performance durou 3 minutos e 42 segundos. A coreografia incluiu um momento em que Yuna Lee, a líder, “segurou” virtualmente a perna de Jimmy, provocando risos na plateia e nos telespectadores de casa. O visual das avatares brilhou graças a um fundo de LED que reproduzia a aurora boreal, reforçando a temática de ouro da música.

Reações da crítica e do público

Reações da crítica e do público

Nas horas que se seguiram, a crítica foi quase unânime. Carlos Mello, editor sênior da Rolling Stone Brazil, descreveu a apresentação como "uma redefinição da possibilidade artística dos artistas virtuais". Já Lee Ji‑ae, crítica da The Korea Times, apontou que "a adoção de um grupo de K‑Pop virtual por um público de língua portuguesa demonstra a erodição das barreiras culturais".

Nas redes sociais, o hashtag #HUNTRXLive bombardeou o Twitter, acumulando 1,2 milhão de tweets em 24 horas. O próprio Jimmy Fallon compartilhou nos stories do Instagram um clipe da parte em que ele “bateu papo” com a avatar de Sofia Mendes, comentando "Nunca pensei que dançar com alguém que não está aqui, mas foi incrível!".

Impactos comerciais e turnê mundial

Do ponto de vista econômico, os analistas da MIDiA Research projetam que o grupo pode gerar US$ 85 milhões em receita de turnês em 2026, impulsionados pela "Golden World Tour" que começa em 15 de novembro no Allianz Parque, São Paulo.

Os números de venda já dão o tom: o EP Warrior Code, distribuído pela SM Entertainment e pela Kakao Entertainment, vendeu 1,2 milhão de cópias físicas na Ásia nos primeiros três semanas. Além disso, a arrecadação de royalties da primeira semana de streaming no Brasil – 8,73 milhões de won – foi destinada integralmente à ONG brasileira Criança Esperança, para programas de educação em artes de animação.

O que vem a seguir para as Guerreiras do K-Pop

O que vem a seguir para as Guerreiras do K-Pop

Com a estreia nos Estados Unidos, o próximo grande passo será o show em Madison Square Garden, marcado para 14 de fevereiro de 2026, seguida pelo O2 Arena, em Londres, em 3 de abril. A expectativa é que a tecnologia de realidade mista evolua, permitindo que o público em casa interaja em tempo real via avatares personalizados.

Entretanto, alguns especialistas alertam para o risco de saturação. A professora de mídia digital da Universidade de São Paulo, Marina Oliveira, afirma que "a novidade ainda tem muito espaço, mas o mercado precisa equilibrar a experiência virtual com momentos autênticos ao vivo para não perder a conexão humana".

Perguntas Frequentes

Como a performance ao vivo afeta os fãs no Brasil?

A exibição no Tonight Show aumentou a visibilidade do grupo em 35 % nas plataformas brasileiras, impulsionando o número de streams diários para 2,1 milhões e gerando centenas de milhares de novos seguidores nas redes sociais locais.

Qual a tecnologia usada para a realidade mista?

A MetaVisual Labs utilizou captura de movimento em tempo real, renderização de avatares em GPU de alta performance e integração de LED walls sincronizados com o áudio, tudo coordenado por uma rede de 37 câmeras espalhadas no estúdio.

Quem são as integrantes do HUNTR/X?

O grupo é formado por Luna Kim (vocal principal, 23, nascida em Seul), Sofia Mendes (dançarina principal, 21, de São Paulo), Aisha Chen (rapper, 22, de Singapura), Jisoo Park (vocal, 24, de Busan), Camila Ribeiro (visual, 20, do Rio de Janeiro) e Yuna Lee (líder, 25, de Incheon).

Qual o impacto econômico esperado da turnê "Golden World Tour"?

Segundo a MIDiA Research, a turnê deve gerar cerca de US$ 85 milhões em receita de bilheteria, merchandising e licenciamento em 2026, com destaque para shows na América do Sul, América do Norte e Europa.

Por que os lucros da música foram doados à Criança Esperança?

A gestão do HUNTR/X — K-Pop Warriors Management — decidiu apoiar a ONG para incentivar a educação artística em animação no Brasil, reforçando a mensagem de responsabilidade social que o grupo tem promovido desde seu debut.

11 Comentários
  • Francis David
    Francis David outubro 9, 2025 AT 03:00

    Foi incrível ver o HUNTR/X no Tonight Show, ainda mais sabendo que tudo foi feito em tempo real. A captura de movimento deixou a apresentação com aparência quase palpável, como se a gente estivesse vendo artistas de carne e osso. A energia das avatares, sobretudo a da Yuna, contagiou a plateia de Nova York e, claro, o público aqui no Brasil. Dá pra sentir que o K‑Pop virtual chegou pra ficar, e isso abre caminho pra novas experiências interativas.

  • Ismael Brandão
    Ismael Brandão outubro 9, 2025 AT 11:53

    A estreia no Tonight Show representa, sem dúvidas, um marco histórico na convergência entre música pop e tecnologia avançada, e, por conseguinte, traz à tona discussões sobre o futuro do entretenimento ao vivo, permitindo, ainda, que fãs de diferentes continentes se conectem simultaneamente. A produção contou, conforme relatos, com 37 câmeras estratégicas, 12 especialistas em captura de movimento e oito horas de calibragem minuciosa, tudo isso sob a supervisão de profissionais da MetaVisual Labs, empresa líder nesse segmento. É notável, também, como a escolha da música “Golden” - com sua melodia contagiante e letra otimista - foi decisiva para alcançar tanto o público coreano quanto o ocidental. Em síntese, o evento demonstra que as barreiras fronteiriças entre culturas podem ser superadas por meio da inovação tecnológica e, assim, cria‑se um ambiente mais inclusivo e globalizado.

  • Andresa Oliveira
    Andresa Oliveira outubro 9, 2025 AT 23:00

    A performance foi simplesmente brilhante e inesquecível.

  • Luís Felipe
    Luís Felipe outubro 10, 2025 AT 10:06

    É evidente que o Brasil ainda tem muito a aprender antes de competir no cenário de entretenimento digital de alto nível; nossos artistas ainda dependem de fórmulas estrangeiras e copiam tendências ao invés de criar algo genuinamente nosso. Enquanto o HUNTR/X brilha nos palcos internacionais, precisamos investir em talentos nacionais que possam desenvolver tecnologia similar sem a necessidade de recorrer a estúdios coreanos ou norte‑americanos. A cultura pop brasileira tem potencial, mas é imprescindível que cultivemos uma identidade própria, livre da influência excessiva de países que dominam o mercado. Somente então poderemos dizer que temos algo verdadeiramente autêntico para oferecer ao mundo.

  • Gustavo Cunha
    Gustavo Cunha outubro 10, 2025 AT 21:13

    Cara, eu achei a apresentação muito da hora, parecia que a galera do grupo tava realmente ali no palco, mesmo sendo tudo renderizado. A forma como a luz das auroras boreais foi usada deu um efeito visual supertop, bem diferente dos shows convencionais. Também curti o momento da piada com o Jimmy, deixou tudo mais leve e mostrou que a tecnologia pode ser divertida e não só fria. Acho que esse tipo de experiência vai abrir caminho pra mais experimentos no Brasil, quem sabe até nos festivais aqui.

  • Fernanda De La Cruz Trigo
    Fernanda De La Cruz Trigo outubro 11, 2025 AT 08:20

    Concordo totalmente, a energia foi contagiante e trouxe um frescor inesperado ao cenário musical brasileiro; além disso, demonstra como a colaboração entre criadores locais e internacionais pode gerar resultados impressionantes. Parabéns a todos os envolvidos, especialmente à equipe de captura de movimento que fez mágica acontecer. Continuemos apoiando iniciativas como essa, pois elas inspiram novas gerações a explorar a interseção entre arte e tecnologia.

  • Thalita Gonçalves
    Thalita Gonçalves outubro 11, 2025 AT 19:26

    A despeito da euforia generalizada que acompanha a ascensão dos grupos virtuais, é imprescindível questionar até que ponto essa novidade realmente contribui para a evolução artística.
    A premissa de substituir artistas humanos por avatares digitais pode, ao contrário do discurso otimista, representar uma diluição da autenticidade que tem sido o alicerce da música ao longo das décadas.
    Quando analisamos o histórico da indústria, percebemos que inovações tecnológicas, embora inicialmente promissoras, frequentemente acabam por marginalizar talentos emergentes que carecem de recursos para competir em escala.
    O caso específico do HUNTR/X, embora tecnicamente impecável, ilustra uma tendência de comercialização exacerbada, onde o foco recai sobre o espetáculo visual em detrimento da profundidade lírica.
    É notório que a videografia e a captura de movimento consomem investimentos vultosos, desviando capital que poderia ser destinado a programas de formação musical e apoio a compositores locais.
    Ademais, a dependência de plataformas ocidentais, como a NBC e a MetaVisual Labs, reforça uma dinâmica de hegemonia cultural que marginaliza perspectivas regionais.
    Tal dinâmica pode, inadvertidamente, criar um cenário de homogeneização sonora, onde elementos distintivos das culturas locais são suavizados para atender a um público global padronizado.
    Não podemos ignorar que a experiência do fã, ao interagir com avatares, perde a imprevisibilidade e a vulnerabilidade que conferem humanidade ao desempenho ao vivo.
    Essas características são essenciais para a construção de laços afetivos duradouros entre artista e audiência, algo que dificilmente será replicado por um algoritmo.
    Portanto, ao celebrarmos o sucesso do HUNTR/X, deveríamos simultaneamente reconhecer os riscos associados à substituição da presença física por representações digitais.
    Uma reflexão cuidadosa sobre esses aspectos é necessária para que a indústria musical não sacrifique sua essência em nome de tendências passageiras.
    Em síntese, a inovação tecnológica deve ser vista como ferramenta, e não como substituto da expressão humana genuína.
    É fundamental que políticas públicas incentivem projetos que integrem tecnologia e talento humano, preservando a diversidade cultural.
    Somente assim poderemos garantir que o futuro da música seja enriquecido, e não empobrecido, por avanços digitais.
    Concluo, portanto, que o entusiasmo deve ser temperado com cautela, valorizando a criatividade autêntica acima de todo o brilho superficial.

  • Jocélio Nascimento
    Jocélio Nascimento outubro 12, 2025 AT 06:33

    Entendo os pontos trazidos, e reconheço que a preservação da autenticidade é um aspecto vital para a cultura musical. Contudo, é inegável que a tecnologia oferece novas possibilidades criativas que podem coexistir com a expressão humana. Acredito que, ao combinar avatares com artistas reais, podemos ampliar o repertório sem descaracterizar a essência. Apoio iniciativas que busquem esse equilíbrio, fomentando tanto a inovação quanto a valorização dos talentos locais. Assim, o cenário pode evoluir de maneira inclusiva e sustentável.

  • Eduarda Antunes
    Eduarda Antunes outubro 12, 2025 AT 17:40

    Curti muito ver o HUNTR/X no palco americano, especially the vibe they brought, it felt fresh and globally connected. I think this kind of stuff will help bring more fans to K‑Pop in Brazil, and maybe inspire local creators to experiment with mixed reality. Vamos ficar de olho nos próximos shows e ver como a tecnologia evolui.

  • Sandra Regina Alves Teixeira
    Sandra Regina Alves Teixeira outubro 13, 2025 AT 04:46

    Isso aí! Cada passo que esses grupos dão abre portas para nossos artistas, permite que a gente imagine novas formas de show e, principalmente, incentiva a comunidade a abraçar a inovação. Vamos compartilhar, apoiar e celebrar essas conquistas, porque elas refletem o potencial do nosso mercado. Continuemos conectados e criativos!

  • Maria Daiane
    Maria Daiane outubro 13, 2025 AT 15:53

    Ao analisarmos a sinergia entre conteúdo multimodal e distribuição cross‑platform, percebemos que a performance do HUNTR/X exemplifica um caso de uso de arquitetura de pipeline de rendering em tempo real, integrando captura de movimento com shader de iluminação baseada em aurora boreal. Essa convergência de pipelines de produção e sistemas de streaming cria um ecossistema de valor agregado que potencializa o engajamento do usuário final, gerando métricas de retenção superiores às de transmissões convencionais. Em síntese, estamos diante de uma disrupção que implica reconfiguração estratégica das cadeias de valor na indústria de entretenimento digital.

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