Flamengo tem que elevar o nível para vencer Racing na semifinal da Libertadores

set, 27 2025

Após fechar a primeira partida da semifinal da Flamengo contra o Racing Club com um empate sem gols, o técnico Renan saiu em entrevista marcado por uma mensagem clara: o time tem que entregar mais para garantir a vaga na final da Copa Libertadores. O treinador ressaltou a diferença entre "jogar bem" e "jogar com intensidade" e apontou que a pressão será ainda maior na volta, disputada em Buenos Aires.

Aspectos táticos que precisam mudar

Renan destacou três áreas que, na sua visão, precisam ser ajustadas. Primeiro, a manutenção da posse de bola nas transições, para evitar que o Racing tenha espaço para contra‑ataques rápidos. Segundo, a necessidade de um bloqueio mais disciplinado no meio‑campo, sobretudo contra o avançado Julián Álvarez, que tem causado preocupação nas duas equipes da competição. Por fim, a urgência de definir um plano de finalização mais efetivo, já que o Flamengo tem desperdiçado oportunidades claras nas últimas partidas.

Para reforçar o meio‑campo, o treinador sugeriu a volta de Gabriel Barbosa ao banco de reservas, permitindo que o volante Gerson tenha mais liberdade para organizar o jogo. Já na linha de ataque, Braga e Vitinho ganharão mais minutos, já que a diretoria ainda não confirmou a contratação de reforços externos antes da partida decisiva.

Histórico e pressão dos torcedores

Histórico e pressão dos torcedores

O Flamengo chega à semifinal da Libertadores com um currículo de seis títulos, mas a última conquista data de 2019. A pressão da torcida, que ocupa as arquibancadas da Ilha do Urubu como se fosse um campo extra, tem sido citada como um fator motivador e, ao mesmo tempo, como fonte de ansiedade para os jogadores.

Renan lembrou que o Racing já surpreendeu grandes candidatos nas fases anteriores, eliminando o River Plate nos quartos de final. "Eles sabem jogar sob pressão. Se a gente não mostrar a mesma postura, vai ser noite avançada para nós", advertiu o técnico.

  • Manter a posse de bola e reduzir perdas em transição;
  • Organizar o meio‑campo para bloquear a criatividade do Racing;
  • Aumentar a efetividade nas finalizações, aproveitando as chances criadas pelos laterais.

Com a volta marcada para o estádio de La Bombonera na próxima semana, a expectativa é que o Flamengo entre em campo com uma postura mais agressiva e disciplinada. Renan confia no grupo, mas deixa claro que a margem de erro está cada vez menor: "Se não dermos o sangue, o sangue de alguém vai nos vencer".